Universidade Livre do Meio Ambiente

Com a filosofia de construir e disseminar conhecimentos

teóricos e práticos em busca de uma sociedade sustentável,

a Unilivre prega que todo o cidadão, independente

de sua profissão ou classe social, seja um parceiro e

colaborador potencial para um planeta mais verde

Por Jorge Toth

 

Uma iniciativa a favor da integração homem e natureza: a Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre), fundada em 1991, exatamente no dia Mundial do Meio Ambiente – 5 de junho - é pioneira no objetivo de conscientizar as pessoas a respeito das questões ambientais. Conhecida na época por ULMA, foi criada inicialmente como uma unidade da Prefeitura Municipal de Curitiba, na gestão do então prefeito Jaime Lerner, com o intuito de disseminar práticas, conhecimentos e experiências relacionadas ao meio ambiente, discutindo os problemas e as soluções ligados ao crescimento desordenado das cidades.

A universidade estava provisoriamente instalada no Bosque Gutierrez até a construção de suas instalações próprias e seu primeiro curso, com duração de cinco dias, foi ministrado a mais de 300 professores do ensino público municipal da cidade. Naquele período, a cidade de Curitiba passou a ser reconhecida como Capital Ecológica e a Universidade tinha como missão repassar à comunidade experiências relacionadas às questões ambientais para criar e consolidar consciência e postura ambientalmente correta, como forma de aprimoramento da qualidade de vida global.

Atualmente instalada no Bosque Zaninelli, seu prédio, de 874m², todo edificado em eucalipto, possui uma rampa em forma de espiral com

22 metros que permite uma vista panorâmica do entorno. Localizada em meio aos 37.000 m² de mata nativa, onde existia uma das maiores

pedreiras da capital paranaense. A inauguração da nova casa, em 05 de junho de 1.992, contou com a presença do oceanógrafo francês e cientista marítimo Jacques Cousteau, um dos maiores defensores mundiais

do meio ambiente, que enfatizou em seu discurso: “a preservação ambiental é um dever da coletividade, portanto, todos devem ter acesso às

informações necessárias para concretizá-la”. Ao se referir a Unilivre,

revelou: “Nunca vi uma iniciativa semelhante a esta de Curitiba,

um exemplo que deve ser copiado por todo mundo”.

Em julho, a universidade passou a utilizar a sigla Unilivre e foi

transferida para responsabilidade de uma entidade mantenedora de

caráter não governamental, denominada Centro de Estudos Ambientais

e Urbanos (Ceau). Quatro anos mais tarde, a Unilivre tornou-se

pessoa jurídica de direito privado, com autonomia jurídica, administrativa, financeira e plena gestão de seus bens e recursos. No ano de 2002,

tornou-se uma entidade do Terceiro Setor, qualificada pelo Ministério

da Justiça como uma Organização Social Civil de Interesse

Público (Oscip), voltada para o desenvolvimento sustentável urbano

e a melhoria da qualidade de vida urbana.

Atualmente, a Unilivre conta com um permanente corpo técnico e operacional de profissionais encarregados pela coordenação das atividades didáticas, gestão de projetos e operações administrativas. Realiza e organiza cursos, seminários, conferências, exposições, desenvolvimento e execução de projetos e atividades de educação ambiental. Mantendo também, parcerias técnicas com diferentes instituições de ensino e pesquisa, tanto no Brasil como no exterior. Dessa maneira, disponibiliza os mais renomados especialistas de cada setor, garantindo credibilidade técnica às suas ações.

A Universidade é considerada hoje uma verdadeira fábrica de conhecimento multi e interdisciplinar sobre meio ambiente e sustentabilidade urbana. Desenvolve e executa projetos socioambientais e programas de capacitação para escolas, empresas, órgãos públicos, sindicatos e demais entidades do terceiro setor. Também presta serviços de consultoria para a iniciativa privada e organismos governamentais, além de realizar estudos e pesquisas.

Informações: Unilivre (www.unilivre.org.br).