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Asfalto ecológico

Pneus inservíveis viram matéria-prima para recuperação de estradas 
Obras de recuperação estrutural de algumas rodovias

nacionais, já estão sendo feitas com asfalto ecológico

 

Eleita pela quinta vez consecutiva a melhor do país, a rodovia dos Bandeirantes, administrada pela concessionária CCR AutoBAn, passa por obras de reconstrução de seu pavimento no trecho entre São Paulo e Campinas. Quando concluída, a revitalização da pista – que inclui a restauração total do pavimento e de suas bases de sustentação, com utilização de asfalto ecológico – irá proporcionar mais segurança e conforto aos usuários, além de maior vida útil às faixas de rolamento.

A rodovia dos Bandeirantes nunca passou por obras desta magnitude, necessárias neste momento em função da fadiga das diversas camadas do pavimento e para atender de forma segura a demanda atual de serventia das pistas. A rodovia vem suportando nestes 32 anos de operação um volume de tráfego crescente e um dos maiores do Brasil, com participação de veículos pesados próxima dos 30%. Este percentual é superior ao que se encontra nas autopistas similares americanas e europeias.

Na reconstrução do pavimento da rodovia dos Bandeirantes, a CCR AutoBAn também leva em conta sua preocupação socioambiental e,
balizada na preservação do planeta, utiliza processos de
reciclagem com reaproveitamento dos materiais retirados e revestimento asfáltico com borracha de pneus velhos.

Além dos benefícios ecológicos, o novo pavimento da rodovia dos Bandeirantes proporciona mais segurança e conforto aos usuários que, ao passar pela autopista, percebem que a nova textura do pavimento em contato com o veículo gera menos ruído, maior aderência dos pneus e menor dispersão de água em caso de chuva, além de ser mais durável.

Para mostrar os benefícios da nova Bandeirantes, a concessionária
concluiu o trecho modelo do novo pavimento entre os km 85 e 78
da pista sentido Capital, onde o pavimento já foi totalmente reconstruído
com asfalto reciclado em uma das camadas estruturais e revestido
com asfalto-borracha na superfície. Ao passar por este trecho, os motoristas já percebem os diferenciais da nova pista, que alia benefício
ecológico com segurança viária.

 

Números

  • Total de 600 quilômetros de faixas recuperadas;

  • No asfalto com borracha serão utilizados 450 mil pneus, o que equivale a 3,1 mil toneladas de pneus descartados;

  • Pneus levam até 600 anos para se decompor;

  • Serão reciclados 84 mil metros cúbicos de asfalto velho, o que equivale ao volume de 36 piscinas olímpicas ou à carga de 14 mil caminhões;

  • Mão de obra direta: 230 profissionais;

  • Mão de obra indireta: 690 pessoas;

  • Conclusão prevista para 2012;

  • Aumento de 20% na durabilidade do pavimento;

  • Ganho de 15% na aderência do veículo à pista;

  • A “usina móvel”, localizada na própria rodovia, tem capacidade para produzir 200 toneladas de material reciclado por hora. O asfalto velho é triturado e enriquecido com cimento e pó de pedra, para depois ser reaplicado. Com a reciclagem, a CCR AutoBAn irá reaproveitar o equivalente a 14 mil caminhões de asfalto removido das pistas;

  • Investimento de R$ 82 milhões.

 

Exemplo também no Paraná

A reciclagem do asfalto que é substituído nas rodovias e a adição de borracha extraída de pneus descartados estão contribuindo para a redução do impacto ambiental nas obras rodoviárias e reaproveitando milhares de pneus inservíveis. As técnicas de reciclagem do pavimento e aproveitamento de borracha neste processo já fizeram da concessionária CCR RodoNorte, no Paraná, a empresa que mais utilizou a técnica na América Latina.

Isso quer dizer que nos trechos entre Apucarana e Curitiba e Ponta Grossa a Jaguariaíva, administrados pela empresa, praticamente toda
a estrada já foi reconstruída com a técnica. Neste processo, a enorme máquina rasga o pavimento da rodovia e imediatamente o mistura
com pó de pedra e cimento. Tudo é processado na barriga do gigante de ferro e é depositado novamente no solo, onde vai servir de base
para um novo asfalto – o asfalto ecológico, que está impedindo que milhões de toneladas de pavimento extraído das rodovias poluam a natureza
em bota-foras, pois é reutilizado no próprio local.

Como novo bônus ambiental do processo, a redução das agressões ao meio ambiente é também acrescida pela ausência de deslocamento de caminhões para transportar esse resíduo. O mesmo acontece com o material que deixa de ser transportado para o local a fim de substituir o material antigo – impedindo emissões de CO2. Também se impede que uma nova jazida seja explorada para retirada de novas matérias-primas.

A adição de borracha a uma nova camada de asfalto é uma segunda etapa do processo de pavimentação. Até hoje, a concessionária já consumiu aproximadamente a borracha extraída de quase um milhão de pneus que haviam sido inutilizados. A engenharia comprovou que a adição deste material diminui o ruído da viagem, aumenta a segurança na rodagem e proporciona a redução do spray de água em caso de chuva.

Conforme o gestor de Engenharia da CCR RodoNorte, Fernando Levy,
o CAP Borracha tem propriedades elásticas que impedem a
rigidez, trincamento e deterioração do pavimento. “Ele também resiste
a extremos de temperatura, porque toma para ele as propriedades
dos aditivos e polímeros da borracha, que dão durabilidade ao pneu.
Então essas propriedades enriquecem o asfalto”,
explica. “Mas o benefício ecológico é o melhor disso”, considera.

A técnica de composição entre o tradicional Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP) e Borracha (CAP Borracha) foi trazida ao Brasil por uma empresa de Araucária, direto da África do Sul. “A primeira aplicação em rodovias desse produto no país foi realizada na BR 116, em dois quilômetros entre Guaíba e Camaquã, no Rio Grande do Sul, em agosto de 2001”, diz o engenheiro Carlos Massaranduba, diretor técnico da fornecedora de asfaltos.

A utilização deste material melhora a qualidade da mistura asfáltica
utilizada na recuperação das nossas rodovias. Trata-se de
um produto aproximadamente 15% mais caro que a mistura convencional, mas em contrapartida, o desempenho do produto é melhor e
aumenta a durabilidade do pavimento.

 

Reaproveitamento

Para a recuperação de rodovias, para cada tonelada de asfalto são adicionados 150 quilos de borracha granulada e triturada,
o que representa o reaproveitamento de aproximadamente 1 mil pneus inservíveis por faixa de rolamento, em cada quilômetro de rodovia recuperada. Assim, em se tratando de uma rodovia duplicada, com quatro faixas, são 4 mil pneus reutilizados a cada quilômetro. Os números
tornam o programa de obras com asfalto borracha da CCR RodoNorte
o maior da América Latina, em volume e extensão.

Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, o Brasil produz mais de 45 milhões de pneus por ano e são descartados 30 milhões de pneus inservíveis por ano.

Cerca de 65% dessa produção é descartada clandestinamente ou incinerada ilegalmente. Entre os riscos da estocagem de pneus em terrenos baldios estão a proliferação do mosquito transmissor da dengue nas águas dentro dos pneus e os incêndios, uma vez que a borracha é resíduo não inerte, sujeito à combustão, e possui uma durabilidade de 600 anos.

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